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Orquestra de Tambores de Alagoas se apresenta na Casa de Musicultura em João Pessoa (PB)

A Orquestra de Tambores de Alagoas se apresentará em João Pessoa (PB) no próximo dia 07 de dezembro na Casa de Musicultura na Paraça Anthenor Navarro, no Centro Histórico (Varadouro) da capital paraibana. O grupo se apresentará na mesma noite com os artista Paulo Ró, que recentemente lançou o CD Cantus Popularis, Naldinho Braga e o Carro de Lata, com o show Todos do Mesmo Lado - título do seu primeiro CD - e com o grupo Trem das 11, liderado pelo músico Francisco Limeira. A apresentação da Orquestra é uma extensão das atividades do 4º Dia Percussivo/ Festival Paraíba Percussiva. O evento é produzido pela Parahybólica Cultural e os ingressos custam R$ 10 no local.
A Orquestra de Tambores de Alagoas, mais do que só uma orquestra, é um laboratório de experimentações sonoras e de resgate de tradições. A própria formação do grupo, em 2004, explica isso. O mentor e "regente" da orquestra é o percussionista alagoano Wilson Santos, que desde 1989 se dedica ao estudo da tradição percussiva africana. A partir de oficinas e aulas que ministrava, juntou alguns de seus alunos e a orquestra estava formada - e o enfoque já não era apenas a música africana, mas a sua influência no Brasil. A tradição de música popular alagoana é em parte o fruto do encontro de duas culturas distintas: os escravos bantus trazidos da África subsaariana e os índios caetés, que habitavam a região de Alagoas. Essa dupla influência é o enfoque do primeiro disco de 2008 "Bantus e Caetés" (capa do CD na foto acima).
O duplo eixo de trabalho da Orquestra - tradição e experimentação - talvez seja a principal razão do resultado sonoro ser tão interessante. O grau de intimidade com o trabalho começa da matéria prima: assim como os bantus e caetés de séculos atrás, os membros da Orquestra de Tambores constroem seus próprios instrumentos. A pesquisa musical, histórica e cultural é extensa, a música é feita com a propriedade de quem vive aquele contexto. E ao mesmo tempo, há espaço para o moderno. Efeitos eletrônicos, instrumentos não convencionais e todas as sonoridades que só o século XXI pode nos proporcionar. Mas nada soando fora do lugar.
Vale mencionar a participação especial de Naná Vasconcelos na última faixa, Mundo Nagô

Faixas do CD:
01 - Áyàn Enluará
02 - Tempestade Festa
03 - Zumba
04 - Helena
05 - Banzo
06 - Ação Dinâmica ao Caçador
07 - Tambor ou Bola
08 - Luanda pra Cá
09 - Ancestralidade
10 - Zé
11 - Dandalunda
12 - Baianá
13 - Mooyo (Horizontal)
14 - Mundaú-Nagô

Para baixar o CD CLIQUE AQUI

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