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Oficina de Percussão com Baixinho do Pandeiro

Acontecerá hoje a amanhã, dias 03 e 04 de setembro a oficina de pandeiro com "Baixinho do Pandeiro" na Vitrola Cultural em João Pessoa. A oficina abordará ritmos como samba, coco, baião, samba de roda e bolero com ênfase  nos ritmos brasileiros. O investimento do curso é de 25,00R. Maiores informações sobre horário e duração nos telefones: (83) 3043-8180/ (83) 3243-5635





Serviço: Oficina de pandeiro
Ministrante: Baixinho do pandeiro
Data: 03 e 04 de setembro de 2009.
Inscrição: 25,00R
Endereço: Rua Apolinário Nóbrega, 137 - Castelo Branco - João Pessoa (PB)
Referência: Próximo à UFPB, em frente ao posto BR.

Baixinho do Pandeiro

O percussionista José Pedro Fernandes, artista popular da praça de Campina Grande (PB) mais conhecido como Baixinho do Pandeiro é nascido em Remígio (PB) em 19 de março de 1945. No ano de 1952, em um ambiente rural do município de Remígio, pré-adolescente na época, José Pedro Fernandes, o "Baixinho do Pandeiro", hoje com 69 anos, pegou uma lata de doce e confeccionou seu próprio instrumento. A brincadeira despertou o talento do artista e, hoje, ele é conhecido em Campina Grande por sua habilidade de tocar o pandeiro e tornou-se figura popular na cidade.


O objeto feito de lata de doce foi usado pelo artista até ele completar seus 30 anos, quando ganhou o primeiro pandeiro profissional de um amigo. "Lembro bem que era feito com couro de bode. Naquela época era muito difícil encontrar um pandeiro profissional e, além disso, era muito caro", conta Baixinho.


A habilidade do artista logo foi reconhecida nas ruas e ele passou a receber convites para tocar em barracas e bares. "No início não gostava de tocar em lugares onde se comercializava bebidas alcoólicas", disse o ritmista. Apesar de muitos pensarem que o forró seja o seu ritmo preferido, ele discorda. "Não posso negar que meu ritmo preferido é o autêntico samba de roda", ressaltou.

O ex-pipoqueiro é um autodidata. Vive em Campina Grande há 40 anos e por muito tempo conciliou a pipoqueira com a música. Por muitas vezes, por exigência dos clientes tocava pandeiro e esquecia a pipoca no fogo. Depois que o seu talento com o pandeiro foi descoberto, tocou para músicos consagrados, como Biliu de Campina, Elba Ramalho e Marinês.

Baixinho do Pandeiro se diz realizado porque teve a oportunidade, durante sua trajetória, de tocar ao lado de artistas consagrados da música nordestina, como Flávio José e Dominguinhos. Há 14 anos que o artista acompanha o cantor campinense Biliu de Campina em seus shows. "Foi Biliu que colocou o meu apelido de 'Baixinho do Pandeiro'", afirmou.

Além de ser sua grande paixão, o pandeiro ajuda na sobrevivência do artista. Durante o mês de junho ele chega a faturar até R$ 1.500,00 com apresentações culturais durante O Maior São João do Mundo. Ele reclama que em outras épocas do ano o valor do cachê cai e ele chega a receber em média R$ 150,00 por apresentação e em alguns meses elas são raras. Baixinho é divorciado e não tem filhos. Atualmente ele mora sozinho em uma casa no bairro do Jardim Borborema. "Minha maior felicidade é ver a alegria das pessoas que me assistem", concluiu.

Biaxinho do Pandeiro foi indicado ao título de Mestre das Artes por proposição do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico da Paraíba (IPHAEP).


Instrumento

O pandeiro foi criado no período neolítico e ficou bastante popular na Àsia, Àfrica e Europa. O instrumento chegou no Brasil junto com o surgimento do choro, no final do século passado, dando um toque final ao ritmo marcante e brejeiro, inicialmente executado ao piano e instrumentos de corda e sopro.

Os primeiros instrumentos eram fabricados de forma mais artesanal e com o passar do tempo foi se modernizando. Atualmente, ele é produzido com membrana de pele de cabra, com o intuito de conseguir os sons graves do surdo e platinelas de metais nobres para se alcançar um som brilhante e preciso.

Os pandeiros mais utilizados têm diâmetro de 10 polegadas, porém eles existem também com diâmetro de 10.5, 11 e 12 polegadas. Conforme o tamanho do aro, o número de platinelas varia de 5 a 10 pares.

Fonte: Diário da Borborema

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