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Grupo de Percussão de Tatuí é o mais antigo em atividade no país

O GPC (Grupo Percussionista de Câmara) quebrou um tabu ao tornar-se um dos pioneiros especializado no país. Ao manter-se em atividade por mais de três décadas ininterruptas, abriu caminho a outros semelhantes em solo nacional e imprimiu sua marca. O GPC nasceu sob comando de Javier Calvino, em 1975, no Conservatório de Tatuí. A idéia era oferecer aos estudantes de níveis básico, intermediário e avançado da escola de música a oportunidade de executar peças específicas para grupos de percussão, algo raro no país. Com isso, os instrumentistas poderiam obter aperfeiçoamento individual e aprimorar a experiência de apresentação em grupo. Trata-se de um dos mais antigos grupos do Conservatório Dramático e Musical "Dr. Carlos de Campos".


Ao longo de sua história, mais de 200 percussionistas passaram pelo GPC. Foram anos de estudos e aprimoramento sob comando de Javier Calvino (até 1991), Eduardo Gianesella (até 1997) e Luis Marcos Caldana (foto acima), comandante dos aventureiros da percussão até os dias atuais. Por todo esse período, as atividades foram intensas: além de executar clássicos erudito e popular, o grupo estimulou a composição de novas obras, incentivou a formação de público para os mais variados estilos e popularizou a percussão agregando características performáticas e de dança. A atuação diferenciada do Grupo Percussionista de Câmara consolida-o no cenário nacional e faz dele o pioneiro nesse segmento. Com bases sólidas, o GPC é destaque por levar ao público música acessível e de qualidade.


A partir de 1998, o Grupo Percussionista de Câmara passou a ser considerado grupo estável do Conservatório de Tatuí. Em 2006, lançou o primeiro CD "30 Anos de História", com objetivos de agradar aos mais diferentes gostos, registrando não somente os grandes clássicos ou as festejadas obras contemporâneas. O trabalho traz um vasto repertório popular, enfatizando os ritmos brasileiros, sempre com alta qualidade técnica. No ano de 2009, a partir de um processo de profissionalização, o grupo passou a ser denominado Grupo de Percussão do Conservatório de Tatuí, resgatando e valorizando sua instituição e município de origens.


Luis Marcos Caldana


Popularizar a percussão em seus mais diferentes estilos e nos mais variados meios sociais. Este é um dos parâmetros profissionais do maestro Luis Marcos Caldana. Formado em tímpanos, percussão e acessórios pelo Conservatório de Tatuí e em Educação Artística pela Faculdade Asseta, Caldana já freqüentou aulas com alguns dos principais percussionistas do país, entre eles Javier Calvino, John Boudler, Elisabeth Del Grande, Luis Almeida D’Anunciação, Carlos Tarcha e Eduardo Gianesella. Atuou como solista na Ópera Infantil "A Peste e a Intrigante", de Mário Ficarelli (em 1986) e, em parceria com o saxofonista Erik Heimann - formando o "Duo Áries" – conquistou o primeiro prêmio do I Concurso Nacional de Música de Câmara "Henrique Niremberg", na cidade do Rio de Janeiro.


Como professor de percussão, trabalhou na área de banda em oito diferentes edições do Festival de Inverno de Campos do Jordão, bem como no projeto Pró Bandas desde sua fundação, em 1997. Por dois anos, representou o Conservatório de Tatuí na Midwest Clinic (Conferência Internacional para Bandas e Orquestras), em Chicago, nos Estados Unidos. Também ministrou palestras sobre ritmos brasileiros e dirigiu um Grupo de Percussão em Budapeste, na Hungria. O mesmo trabalho foi desenvolvido no Encontro Internacional de Percussão em Monterrey, no México. Ainda como professor, imprimiu sua marca na Conferência de Educadores Musicais do Estado do Kentucky (Estados Unidos), onde executou a primeira audição mundial da obra de Hudson Nogueira - "Cinco Variações Para Um Percussionista Solo e Banda" -, dedicada a ele. Detectando a necessidade de unir percussionistas de todo o país, criou e organizou por três anos o Encontro Internacional de Percussão, mantido pelo Conservatório de Tatuí.
Preocupado com a disseminação dos ritmos brasileiros, Caldana atua nos mais diferentes estilos ao lado de nomes expressivos da música brasileira e tem desenvolvido trabalho de pesquisa sólida sobre os mais diferentes repertórios, do sinfônico tradicional até o rico folclore brasileiro. Atualmente, além de coordenar o Grupo de Percussão, é professor e coordenador da área de percussão, é tímpanista da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí e ministra aulas na Escola Livre de Música, em Itapetininga.

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